PALAVRAS DE VIDA:

"Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros!." 1 Pedro 4:10

terça-feira, 31 de julho de 2012

É Chegada a Hora de Confessar o Seu Erro!


Há uma grande riqueza nas palavras proferidas pelo chefe dos copeiros de Faraó, dois anos depois de voltar ao seu emprego no palácio: “Chegou a hora de confessar um erro que cometi” (Gn 41.9, NTLH). O erro ao qual ele se refere é muito mais do que um mero erro. É uma ingratidão sem medida, um pecado grave, cometido contra o já sofrido José, quando estava preso com ele na fortaleza onde eram colocados os presos do rei.
Certa manhã, ao observar que os semblantes do copeiro-mor e do padeiro-mor apresentavam sinais de tristeza, José os interpelou: “Por que vocês estão com essa cara tão triste hoje?” (Gn 40.7, NTLH). A prostração era devido aos estranhos pesadelos que eles haviam tido durante a noite. José mostrou ao copeiro-mor que, no caso dele, o sonho não era nenhum pesadelo, mas a revelação de que ele seria solto e reconduzido à posição anterior, o que aconteceu três dias depois (Gn 40.12-13).
José, que estava preso por causa da calúnia da mulher de Potifar, solicitou ao funcionário do palácio anistiado o mesmo que o ladrão da cruz pediu a Jesus: “Quando você estiver muito bem lá lembre de mim e por favor tenha a bondade de falar a meu respeito com o rei, ajudando-me assim a sair desta cadeia” (Gn 40.14, NTLH). Porém, o chefe dos copeiros se esqueceu de José completamente, demonstrando o alto grau de seu egocentrismo. O filho de Jacó, um rapaz de 28 anos, teve de suportar mais dois anos de cadeia por culpa desse infeliz pecado de omissão. Quando surgiu a necessidade de alguém interpretar os sonhos das vacas gordas e magras de Faraó, o então copeiro-mor se lembrou de José e disse as tais palavras: “Chegou a hora de confessar um erro que cometi”.
No caso do copeiro-mor, foram dois anos de pecado não reconhecido, não confessado e não reparado. No caso dos irmãos de José, o período foi no mínimo dez vezes mais longo. Quando José tinha pouco mais de 17 anos, seus irmãos o venderam a uma caravana de ismaelitas, que por sua vez o vendeu a Potifar, no Egito, e ainda contaram ao pai a falsa informação de que o filho de sua velhice tinha sido dilacerado por um animal selvagem (Gn 37.12-36). Vinte e poucos anos depois, quando José já era governador do Egito (desde os 30) e quando já haviam se passado os sete anos de vacas gordas, os irmãos de José disseram uns aos outros: “Estamos sofrendo por causa daquilo que fizemos com o nosso irmão. Nós vimos a sua aflição quando pedia que tivéssemos pena dele, porém não nos importamos. Por isso agora é a nossa vez de ficarmos aflitos” (Gn 42.21, NTLH).
A confissão pública mesmo só ocorreu por ocasião da segunda ida ao Egito para comprar cereais. Em nome dos irmãos, Judá declarou ao governador ainda sem saber que ele era José: “Deus descobriu o nosso pecado” (Gn 44.16, NTLH). O que o confessando queria dizer não era que, naquele episódio, Deus havia tomado conhecimento dos pecados deles, mas que, no meio daquelas circunstâncias, Deus estava descobrindo diante de todos o pecado até então cuidadosamente escondido.
Mais cedo ou mais tarde, todo mundo, um por um, será obrigado, se não pela consciência, por ser atropelado pela história, a repetir a confissão do copeiro-mor: “Chegou a hora de confessar o meu erro!”.
A necessidade de admitir e confessar o pecado é tão grande que um dos ministérios do Espírito é convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).

Extraído da Seção: Pastorais – Edição 323 – Revista Ultimato.
www.ultimato.com.br

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Polêmica e o Sítio.

Programação dos Ministérios de Adolescentes e Jovens
realizado nos dias 21 e 22 de Julho de 2012,
no Sítio de Diego Pereira, em Barra do Piraí/RJ.
 Juntos da natureza, curtindo os amigos e chegando mais perto de Deus.

 Turma animada...

 que participou de mais uma "A Polêmica".




 Gislene Viana e Diego Pereira à frente de "A Polêmica".



 Momento de oração.

 Sandro, o rei da canjiquinha.

 Nada melhor que estar entre amigos ao redor da fogueira.

 E é claro, se deliciando com uma canjiquinha.







 Diego Pereira e Gabriel Marques.

 Domingo de manhã, e a turma animada subindo o monte no Sítio.

 Andressa de Paula e Gabriele Rodrigues preparando o pão com alho.

 Pastor Ioséias Teixeira marcou presença.



 Cleiser e Cleber preparando o churrasco.





 A turma levando o Sandro para tomar um "banho" no laguinho.

 Sobrou também para Paulo Vitor.

 Turma reunida cantando "Parabéns" antecipado para Gabriel Marques...

 ...que esta semana foi morar em São Luis/MA.

 Claro que sobrou um ovo em comemoração.

 Vamos sentir muita saudade!



Sobrou também o laguinho pra ele.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Influência da Música.


Se a música faz parte do nosso ambiente, surge a questão: Que influência ela exerce sobre nós?  Primeiro, precisamos fazer uma distinção entre música ao vivo e música tocada no rádio ou gramofone. Há uma grande diferença entre ouvir uma gravação e estar em uma apresentação ao vivo. Uma pessoa pode ouvir o rádio o dia inteiro, mas talvez não consiga ouvir uma banda durante todo esse tempo, especialmente se essa pessoa não se sentir à vontade com o tipo de música tocada. Assim, a música ao vivo tem um impacto muito mais forte.
Não devemos exagerar a influência da música. Ela não é tão grande. Quando ouvimos um disco moderno, não nos submetemos a uma lavagem cerebral e passamos a pensar como pessoas modernas. Por outro lado, a música tem um impacto e é importante considerarmos o tipo de  música que ouvimos. De fato, pensar que a música ou um filme não nos afeta de modo algum não é ser otimista, mas ser muito pessimista. Pense nisso: alguém tem uma grande ideia. cria um roteiro cinematográfico e levanta recursos na ordem de milhões de dólares. Em seguida, muitas pessoas trabalham duro durante um ano inteiro e, finalmente, o filme vem às telas. Você acha que todas aquelas pessoas estariam dispostas a desperdiçar suor, sangue e lágrimas se não fosse para o filme ter nenhum impacto sobre as pessoas? Filmes devem causar impacto mesmo. O Dr. Schaeffer sempre cita este poema japonês:
                               Ele pulou na água e não causou ondas.

Isto é Zen-Budismo. Mas como cristão, eu digo: “Você pula na água e – quer queira, quer não – causa ondas.” Todos causamos ondas porque a vida humana é significativa.
Claro, alguns tipos de música são mais influentes que outros e a influência também varia de acordo com diferentes pessoas. Conheço uma pessoa que desperdiçou a metade de um ano no cenário das drogas. Mas já faz quatro ou cinco anos que ele se afastou delas. Ele me disse: “Se eu ouvir um disco do Pink Floyd, ele tem um efeito imediato em mim: Não tomo mais banho; não arrumo o quarto; fico na cama pela manhã e tenho que fazer um esforço descomunal para me por de pé novamente; isso leva vários dias.” A música do Pink Floyd tem uma influência muito forte sobre esse indivíduo em particular por ele ter participado do mundo dos entorpecentes. Talvez outra pessoa não assimile esse tipo de música de forma tão impactante justamente por não ter as mesmas associações. As músicas que mais apreciamos e com as quais nos identificamos são aquelas que mais nos influenciam.  Por isso precisamos ser cautelosos e devemos praticar a autodisciplina. Mas não devemos fazer regras gerais. Não podemos dizer “Isto é bom e isto é mau.” Nosso chamado pode também desempenhar um importante papel nesse sentido: se quisermos conhecer e compreender outra pessoa, talvez seja preciso que ouçamos as músicas que ela ouve. Somos livres para escolher a música que queremos ouvir, contudo devemos ser responsáveis por nossas escolhas. Se certos livros, imagens ou músicas nos levam para uma direção pecaminosa, é melhor deixá-los de lado. Algumas pessoas conseguem ler coisas consideradas muito fortes para outras pessoas e vice-versa. Portanto, cada indivíduo tem sua própria responsabilidade. A questão a se fazer diante de Deus é esta: Essas coisas convêm? Mas isso não é simplesmente uma questão de obedecer regras. Foi por essa razão que Paulo ensinou: “Ponde tudo à prova. Retende o que é bom.”
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Texto: Hans Rookmaaker
Tradução: Alex Fontes.
Revisão e Adaptação: Fernando Guarany Jr.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Terra de Gigantes.


O personagem do Antigo Testamento mais citado, conhecido, lembrado e admirado em toda história deve ser Davi. Sua poesia tem marcado a história da igreja; sua sinceridade diante de Deus ao tratar o pecado; sua honra e sua coragem ao enfrentar todas as batalhas e vencer; sua humildade em respeitar um líder que não merecia o respeito.
Talvez, a história mais conhecida dele seja a sua batalha contra o gigante Golias. Talvez tenha sido também a mais importante, pois foi a partir daí que tornou-se conhecido e respeitado. Mas, antes disso, uma palavra poderia resumir a história do jovem Davi: desacreditado!
Soa até estranho pensar nisso, mas é a verdade. Todos estavam no campo de batalha aguardando o momento de enfrentamento dos exércitos, e Davi estava na sua casa cuidando das ovelhas. Ele só foi para o lugar da guerra porque seu pai pediu que ele levasse comida e trouxesse notícias de seus irmãos, ou seja, para o seu pai, Jessé, enquanto os irmãos de Davi eram soldados e guerreiros de Israel, Davi não passava de um marmiteiro e mensageiro (1 Sm 17.17-18). Ao chegar ao campo de batalha e se inteirar da humilhação que Israel estava passando todos os dias, seu irmão o encontra por ali e faz uma colocação que denota o seu descrédito: o que você está fazendo aqui, Davi! Vai cuidar das ovelhas, ô curioso (1 Sm 17.28)! Quando se apresentou diante do rei Saul, o mesmo não acreditou muito no potencial do garoto, apesar de sua coragem, e ofereceu a sua própria armadura para que Davi usasse, sem contudo, crer que este poderia fazer qualquer bem para a nação israelita (1 Sm 17.33, 38-39). E, por fim, quando o próprio Golias se deparou com Davi, riu-se, desprezou-o e provocou: será que eu sou algum vira-lata para vocês me atacarem com pedaço de pau (1 Sm 17.42-43)?
Ninguém acreditava em Davi. Ninguém reconhecia que ele poderia ser um herói, fazer a diferença, dar um novo rumo para a história do seu povo. Ele era apenas um menino de boa aparência. Guerreiros respeitáveis não têm boa aparência, pelo contrário, quanto mais feio, melhor! Seu pai, seus irmãos, seu rei, seu inimigo não deram nenhum crédito a Davi, e este poderia ser o rótulo da sua identidade, da sua marca, por toda a sua vida.
Mas uma coisa aconteceu antes de tudo isso, e fez toda a diferença. Antes do desprezo de todos, Davi recebeu uma confirmação de seu valor e seu crédito. Samuel procurou a família de Jessé para escolher o novo rei, um rei não eleito pela aparência, como Saul, mas pelo coração, segundo o olhar de Deus. E Davi foi ungido. Ele foi escolhido pelo próprio Deus para fazer diferença na história do seu povo!
Esta convicção dada por Deus através de Samuel mudou completamente uma história de descrédito para algo relevante, valoroso, poderoso. Este fato fez toda a diferença, pois Davi enfrentou todas as tendências contrárias e não se abateu; não se deixou influenciar pelos pensamentos negativos a seu respeito; não tentou provar nada pra ninguém. Davi mostrou que ele era o gigante, pois Deus estava com ele. Essa era a sua marca, essa era a sua identidade.
O motivo de orgulho dos filisteus tornou-se sua maior vergonha porque um garoto desprezado por todos acreditou que a presença de Deus faria toda a diferença na sua vida – e fez. Com um golpe certeiro o derrubou e, sem perder tempo, arrancou a sua cabeça. Não quis a glória pra si, não esnobou aqueles que não acreditaram nele. Simplesmente defendeu com ousadia e coragem a identidade dada por Deus. Garoto ungido, homem de valor.
Vivemos um tempo em que a juventude anda desacreditada. Mesmo com as inovações tecnológicas e milhões de dólares movimentados pela juventude de todo mundo. Ninguém bota fé no que eles podem produzir de benefício para a humanidade, mas só se interessam naquilo que eles podem consumir! Descrédito dos pais, dos familiares, dos líderes (até religiosos), e dos inimigos gigantes.
Davi, ungido, creu no chamado de Deus e pela intimidade com o Senhor foi ousado e forte. Uma geração que se levanta com as mesmas marcas pode ir contra todas as tendências e influências e marcar a história porque Deus acredita no potencial transformador que esta geração tem. Creia no chamado de Deus, busque a intimidade com Deus e, como o pequeno Davi, mostre quem realmente é o gigante!
Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado… (Atos 13.36)
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Rodolfo Gois é diretor pastoral do TeenStreet Brasil e pastor da IPIB de Maringá, PR.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

"Isaías 6:1-5" - Pb. Marcus Vinícius Silva Lima (Parte 1 - 08/07/2012).

Presbítero Marcus Vinicius Silva Lima,
da Comunidade Projeto Vida de São José dos Campos/SP,
ministrando a Palavra de Deus no Culto de Encerramento do
2º CONGRESSO DE ORAÇÃO.
(08/07/2012)

"Isaías 6:1-5" - Pb. Marcus Vinícius Silva Lima (Parte 2 - 08/07/2012).

Presbítero Marcus Vinicius Silva Lima,
da Comunidade Projeto Vida de São José dos Campos/SP,
ministrando a Palavra de Deus no Culto de Encerramento do
2º CONGRESSO DE ORAÇÃO.
(08/07/2012)

"Isaías 6:1-5" - Pb. Marcus Vinícius Silva Lima (Parte 3 - 08/07/2012).

Presbítero Marcus Vinicius Silva Lima,
da Comunidade Projeto Vida de São José dos Campos/SP,
ministrando a Palavra de Deus no Culto de Encerramento do
2º CONGRESSO DE ORAÇÃO.
(08/07/2012)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A Armadura de Deus: Efésios 6:10-20

Missionária Glaucia Galvão 
explicando o significado da figura representativa
da Armadura de Deus.
2º Congresso de Oração: "Conquistando o Sobrenatural de Deus".
(07 e 08 de Julho de 2012)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"4 Estágios para alcançarmos o Sobrenatural de Deus" - Pb. Marcus Vinicius Silva Lima (Parte 1 - 07/07/2012).

Presbítero Marcus Vinicius Silva Lima,
da Comunidade Projeto Vida de São José dos Campos/SP,
ministrando a Palavra de Deus no Culto de Abertura do
2º CONGRESSO DE ORAÇÃO.
(07/07/2012)

"4 Estágios para alcançarmos o Sobrenatural de Deus" - Pb. Marcus Vinicius Silva Lima (Parte 2 - 07/07/2012).

Presbítero Marcus Vinicius Silva Lima,
da Comunidade Projeto Vida de São José dos Campos/SP,
ministrando a Palavra de Deus no Culto de Abertura do
2º CONGRESSO DE ORAÇÃO.
(07/07/2012)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Indígenas vão comemorar Cem Anos de Evangelização.


Em 1500 quando os portugueses chegaram ao Brasil, mais de 5 milhões de índios viviam aqui. Apesar disso, segundo os últimos levantamentos o seu número hoje chega somente a 360 mil. Por esta péssima situação, se despertou a consciência de que era preciso preservar o povo restante. A situação hoje, embora ainda preocupante, melhorou. A população indígena apresenta uma taxa de crescimento anual de 3,5%, bem mais alta que a média nacional. Apesar de pequeno, este segmento da sociedade brasileira ocupa áreas demarcadas que equivalem a 11% do território nacional dividido em 245 nações. Os índios brasileiros falam cerca de 185 línguas diferentes. Na época do descobrimento, eram 900 povos e mil e trezentos idiomas.
Em 1912 registraram-se os primeiros frutos concretos da ação missionária evangélica entre os indígenas no Brasil, com o povo Terena. Foi o início do que o antropólogo e missionário brasileiro Isaac Costa de Souza chamou de “primeira onda missionária”, o movimento das missões estrangeiras. A partir de 1925 viria a “segunda onda”, protagonizada por missionários nacionais e agências brasileiras. A mais recente é a “terceira onda” ou “onda indígena”, iniciada na década de 80 e caracterizada pela valorização dos indígenas como atores na evangelização.
“O que bem caracteriza essa terceira onda é a aproximação entre líderes evangélicos indígenas. As igrejas indígenas têm contribuído para a evangelização entre os próprios parentes, graças ao esforço das ondas anteriores”, diz Ricardo Poquiviqui Terena, pastor e secretário executivo da Missão Indígena UNIEDAS.
“Testemunhamos um crescimento inédito em termos de evangelização dos povos indígenas no Brasil. Este avanço foi alavancado por vários movimentos missionários entre as agências que trabalham em muitos campos indígenas, sejam elas de acesso fácil ou não”, afirmam Henrique Terena e Joshua H. Chang, no prefácio do livro comemorativo “CONPLEI -- Movimento da 3ª onda missionária”.
Nos últimos 10 anos uma série de medidas vem restringindo cada vez mais as atividades do setor evangélico no Brasil. Além disso, a articulação de intelectuais e estudiosos, com a repercussão na mídia, tem fomentado um sentimento hostil às organizações missionárias. Obviamente, é hora da igreja erguer a voz e agir positivamente para que o evangelho não seja impedido de penetrar as trevas de lugares sem o conhecimento de Cristo.
O Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, CONPLEI, nasceu do sonho de pastores e líderes evangélicos indígenas que ardiam com a visão e paixão de ver Deus glorificado entre as tribos do Brasil. No dia 22 de Março de 1991, na sede da Sociedade Bíblica em Brasília, aconteceu a primeira reunião do CONPLEI, sendo eleitos dois coordenadores gerais, Carlos Justino Terena e Idjarruri Karajé.
A igreja evangélica indígena comemora neste ano o centenário de trabalho missionário no Brasil. Para isso, o 7º Congresso Nacional do CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), que acontece de 18 a 22 de julho, espera reunir 5 mil pessoas, a maioria indígenas, em Chapada dos Guimarães, MT. A maior parte da programação -- que inclui devocionais, palestras, música, testemunhos e esportes -- será conduzida pelos próprios indígenas.

Extraído do site: www.ultimato.com.br e www.conplei.org.br

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sou fraca, mas ELE é forte!

Como a debilidade física tornou-me absolutamente confiante em Deus.


Lágrimas de agonia desceram por meu rosto enquanto segurava o puxador de um aparelho de musculação. Era a primeira vez que eu tentava romper os limites de movimento que me haviam sido impostos pela doença. Sentia como se todos os meus ossos estivessem se quebrando! Quando descrevi minha luta no tratamento contra a paralisia no ombro a uma colega, ela me disse que eu havia me colocado na posição da crucificação. Segundo ela, a morte de Jesus na cruz foi muito dolorosa justamente por causa da enorme pressão que estava sobre seus ombros e sobre as partes que haviam sido perfuradas pelos cravos, as quais tinham de sustentar, de forma antinatural, todo peso do corpo. Confesso que não me senti muito confortável com a ideia de comparar minha aflição física ao sacrifício de Cristo. O Filho de Deus escolheu sofrer e morrer para salvar o mundo; já eu havia apenas enfrentado alguns problemas de saúde.
Mas, apesar disso, a comparação me pareceu bastante elucidativa. Passei a conhecer Deus de uma forma muito particular quando deixei de ser praticante de halterofilismo e me tornei uma doente patética.  Como cristãos, sabemos que devemos tomar a nossa cruz e seguir o Mestre diariamente. Mas, e quando a cruz em questão é a falência da vesícula biliar ou uma alergia a tomates? Ora, os santos do passado foram fervidos em óleo ou crucificados de cabeça para baixo por causa de sua fé. Porém, o que há de bom em ser martirizado, contra a vontade, em um corpo fragilizado?
Eu costumava ser forte. Quando menina, era uma corredora veloz, subia em árvores com facilidade e gostava de fazer acrobacias. Aos 12 anos, era a melhor saltadora da companhia de balé e pulava tão alto que ainda estava voltando ao chão quando os demais bailarinos já começavam o salto seguinte. Durante o ensino médio, competi em corridas de média distância e maratonas completas. Na faculdade, dava aulas de aeróbica e praticava levantamento de peso – e não havia outra mulher por perto fazendo a mesma coisa. Com tanta demanda por energia, colocar para dentro quatro pratos de comida em uma hora de refeição contínua não era coisa rara. Eu conseguia sentir o pulsar de minha juventude e força! Agora, porém, depois de quatro grandes cirurgias e de ter sofrido com diversos outros problemas de saúde, levanto meu braço esquerdo com dificuldade, tenho muitas alergias e, com frequência, tenho crises de sinusite, sono irregular e fadiga. Quando digo aos meus alunos que já pratiquei levantamento de pesos, eles olham para meus braços esquálidos e não escondem a descrença.
Noutros tempos, eu costumava ser capaz de empurrar móveis e até carros estacionados. Agora, tenho dificuldades para colocar um copo na prateleira mais alta. Antes, gostava do cheiro da comida; hoje, sou uma chata nos restaurantes, daquelas que interrogam o garçom acerca de cada um dos ingredientes dos pratos. Pareço ser alguém exigente e obsessiva, mas tudo o que desejo é ter uma noite sossegada, sem vomitar.

CONFORTO DE DEUS
 Não acredito na imagem do Deus vingativo, irritado com meus pecados. Porém, não deixa de ser irônico o fato de ter-me tornado incapaz de fazer as coisas de que mais gostava. Essas disfunções físicas me tiraram a independência da qual sempre gozei e toda a minha privacidade; sou o pedaço de carne exposto e vulnerável sobre a mesa esperando que o cirurgião venha cravar sua faca. Não é fácil ficar face a face com morte. Afinal de contas, não sou Deus. Por outro lado, essa experiência de sofrimento tem aumentado minha gratidão pela presença de Deus comigo, assim como daqueles que me têm ajudado. A enfermidade pode nos levar a descansar plenamente, pois torna clara a conexão entre o mundo temporal e o sobrenatural. Sim, eu já pedi a Deus que me curasse ou tirasse minha vida. Ele não fez nenhuma das duas coisas, mas tem-me confortado de formas inexplicáveis.
Meu marido sempre me deu o apoio necessário em meio a todos esses problemas de saúde. Depois da cirurgia no ombro, eu acordava arfando de dor, mas ele estava sempre pronto a reabastecer a máquina de gelo, dia e noite, além de me servir sopa e torradas.  E ainda fazia piadas comigo e mostrava convicção de que, em um futuro próximo, eu teria meu bem-estar restaurado. Percebo o carinho de Deus através de médicos e enfermeiras piedosos e de outras pessoas, inclusive estranhos. Certa vez, antes de uma cirurgia, foi levada a uma pequena sala. Aflita com a solidão, fiquei contente com a chegada de um senhor que entrou e sentou-se ali, como se estivesse esperando por mim. Uma enfermeira tentou fazê-lo sair, citando as regras do hospital, mas ele se recusou terminantemente a ir embora, alegando que lhe haviam dito que poderia ficar. Sua conversa agradável era tudo o que eu precisava para me acalmar.
Mais inexplicável. ainda, foi o comportamento de nossa gata durante o período em que estive doente. Nos momentos em que sentia dores terríveis na região abdominal, ela se sentava sobre meu estômago, contribuindo para que eu me sentisse melhor com o calorzinho de seu corpo. Durante minha convalescença, ela permanecia ao meu lado, como uma espécie de guarda-costas. Depois, o bicho soube exatamente o momento de voltar a ser desobediente, fazendo, assim, com que me levantasse e começasse a me exercitar.
Comparando a minha situação com o que outras pessoas enfrentam, meus problemas de saúde podem ser classificados apenas como algumas inconveniências triviais. Uma amiga desenvolveu uma série de problemas graves, cujos tratamentos eram conflitantes entre si. Por causa disso, seu estado de saúde entrou em uma verdadeira montanha-russa, alternando períodos em de melhora e momentos à beira da morte. Suas dores eram bem maiores que as minhas e seus temores e questionamentos também, uma vez que sua vida estava por um fio. Na última vez em que estive com ela, ainda viva e consciente mas prestes a partir, chorei muito, mas ela me consolou e encorajou, em vez do contrário, e disse que estava tudo bem. Minha amiga estava certa. Ela estava “bem”, realmente, cuidando de outras pessoas até o fim e pronta para estar com Deus.

RESTAURAÇÃO
Em sua carta intitulada Sobre o significado cristão para o sofrimento humano, o papa João Paulo II escreveu: “Ao trazer-nos a redenção através do sofrimento, Cristo elevou o sofrimento humano ao nível da redenção”. Quando tomamos nossas diferentes cruzes, imitamos o Cristo e celebramos o dom da salvação; também tornamo-nos tornamos mais capazes de ajudarmos uns aos outros na tarefa de carregar cruzes. Também percebemos a presença de Deus de novas maneiras, algumas delas até pouco usuais. Gostaria de poder dizer que o quão transformadora foi, para mim, a experiência de ter estado doente, ou de que fui purificada dos prazeres carnais e agora estou totalmente focada nas coisas celestiais. Mas, em vez disso, continuo obcecada por macarrão e torta e entretenho-me com revistas de futilidades ou com um materialismo idiota. Lastimo e murmuro, tal qual o Homem Subterrâneo, personagem do livro Notas do subsolo de Dostoiévsky: “Meu dente está doendo? Ótimo! Que doa ainda mais!”. Mas espero que, pelo menos, minha empatia pelos outros tenha aumentado.
A vida é confusa e nos presenteia com alguns obstáculos aparentemente intransponíveis – e, em meio a nossos infernos pessoais, Deus nos envia almas caridosas que cuidam de nós com um toque abençoador. Sou profundamente grata a essas pessoas e quero ser a boa samaritana para muitas outras. Quanto mais dificuldades enfrento, mais pessoas se aproximam instintivamente de mim, presenteando-me com seu apoio e compreensão.
A fragilidade dessa morada terrena chamada corpo humano serve para me fazer lembrar que terei uma outra habitação, celeste, eterna, com Deus. Ele está conosco em nossas dores, bem como no silêncio e na solidão que vêm junto com elas. A experiência do sofrimento faz as coisas tomarem as devidas perspectivas; as politicagens no trabalho e os desentendimentos em casa se tornam irrelevantes. E a volta da sensação de bem-estar traz alívio em grandes proporções, além de gratidão e uma visão mais acurada do toque criativo de Deus. Ter a saúde restaurada é uma provinha do que será a restauração espiritual que virá quando Deus nos unir com ele. Tenho aprendido um pouco sobre compaixão e dependência do Senhor, ao mesmo tempo em que cada doença tem sido uma oportunidade de me identificar de maneira ainda mais plena com o dom sacrifical de Cristo.

Kathleen Anderson é professora na Califórnia (EUA).
Extraído do site: cristianismohoje.com.br

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Recurso do Grito.


No capítulo 7 de Romanos, Paulo exerce os papéis de psicanalista e paciente ao mesmo tempo. Diante de certas dificuldades éticas e pessoais, profundas e continuadas, quase desesperadoras, Paulo assenta-se no divã e tenta conhecer-se a si próprio. Ele quer saber por que é tão contraditório, por que oscila tanto entre o bem e o mal, por que tem mais facilidade na desobediência do que na obediência. Nesse autoexame, o apóstolo descobre, em sua própria história, os estragos provocados pela queda do homem. Ele sabe que o problema não é só dele, mas de todo ser humano. Todavia, a princípio, Paulo fala de si mesmo e não dos outros. As conclusões a que chega revelam um diagnóstico sombrio da natureza humana:

- Sou um ser “humano e fraco”, pois fui vendido ao pecado (v. 14).
- Sou uma pessoa “contraditória”, pois não faço o que gostaria de fazer, mas o que odeio (v. 15).
- Sou um “inveterado pecador”, pois o mal e não o bem vive em mim (v. 17-18).
- Sou um “fracassado”, pois não consigo fazer o bem, mesmo que o queira (v. 18).
- Sou uma pessoa “dividida”, pois sofro a influência da lei de Deus e da lei do pecado (v. 23).
- Sou um “infeliz”, pois a lei do pecado tem prevalecido e me feito seu prisioneiro 
(v. 24).
- Sou um “necessitado”, pois preciso de alguém que me liberte da tara pecaminosa que habita em mim (v. 24).

Essa autoanálise não é nem pessimista nem fatalista, muito menos derrotista. Não é de forma alguma um atestado de óbito ou o fim do caminho. Em vez disso, ela é uma ponte que leva o apóstolo para outro lugar, outra situação, outra história. Com o diagnóstico em mãos, Paulo se dá por vencido, grita, clama por socorro e se pergunta: “Quem é que me livrará da minha escravidão a essa mortífera natureza inferior?” (v. 24, BV). Ele está simplesmente repetindo a oração que os judeus faziam quando subiam as montanhas em direção a Jerusalém: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?” (Sl 121.1). A autoanálise conduz o apóstolo ao Salvador e ele termina o famoso capítulo não com o drama do pecado, mas com ações de graça: “Deus seja louvado, pois ele fará isso [livrar-me da lei do pecado] por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (v. 25, NTLH).
Se Romanos 7 retrata a capitulação, o capítulo seguinte retrata a vitória: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). Entre um e outro está o Senhor Jesus Cristo! E para sair do primeiro em direção ao segundo, temos o recurso do pedido honesto de socorro a quem de direito!

Revista Ultimato – Edição 317
Extraído do site: www.ultimato.com.br