INTRODUÇÃO:
A Igreja do senhor Jesus Cristo foi formada no dia de Pentecostes com propósitos específicos, que promoverão sempre a glória de Deus Pai e o crescimento do seu reino na pessoa de seu filho Jesus, e através dos seus eleitos.
São cinco os pilares da igreja: o discipulado, o companheirismo, o ministério, a adoração e o evangelismo; e este estudo estará abordando, ainda que de forma sucinta, cada um desses pilares e suas implicações nas vidas de cada cristão.
1. DISCIPULADO. (v.42)
Ø O termo “discípulo” vem da língua grega (maqhthV ; mathetes) e significa literalmente “aprendiz”. A raiz “math”[1] indica pensamento acompanhado por esforço. Portanto, discípulo é aquele que segue os ensinamentos de alguém. Daí depreendemos que:
Ø Em primeira instância somos todos discípulos de Jesus, o autor e consumador da nossa fé.
“tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.”
Hebreus 12.2[2]
Ø E também todos temos aqueles que nos ensinaram os primeiros passos na fé e aqueles que até hoje são paradigmas nos quais nos espelhamos e dos quais extraímos muito conhecimento.
Ø Mas todos fomos chamados e enviados a fazer discípulos:
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”
Mateus 28.19,20
Ø E esses discípulos devem ver em nós o caráter e a vida que reflete o senhor Jesus, a ponto de quererem nos imitar.
“porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção. Vocês sabem como procedemos entre vocês, em seu favor.
De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo.”
I Tessalonicenses 1.5,6
2. COMPANHEIRISMO. (v. 44)
Ø Todos gostamos de estar com pessoas que esposam os mesmos ideais que nós. Fazemos amizades baseados nas afinidades que temos com as pessoas.E há maior afinidade do que buscar agradar e conhecer a Jesus?
Ø A verdadeira amizade que procede de Deus é um amor profundo, que nos leva a uma empatia mútua, onde todos estão visando o bem estar do irmão.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno.”
João 15.13,14
“Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.”
Tiago 2.15-17
3. MINISTÉRIO (OU SERVIÇO) (v. 45)
Ø O termo ministério também vem da língua grega,e são dois os mais usados na Escritura: (diakonia, diaconia), que é “o cargo e o trabalho de um diakonoV”[3] . Por sua vez o termo diáconos, significa “servo, criado, assistente, auxiliar, diácono”, e com isso verificamos que o termo se reporta a alguém que atua como auxiliador de outra pessoa, visando atendê-la em suas necessidades, podendo ser referência ao ministério apostólico (At. 1.17,25; 6.4; 12.25; 21.29; Rm. 11.13); e ao serviço dos crentes ( At. 6.1; Rm. 12.7; I Co. 12.5; 16.15; II Co. 8.4; 9.1,12). O outro termo é leitourgia (leitourgia), de onde vem nossa palavra da língua portuguesa liturgia, que significa “ministério sacro”, ou serviço espiritual, revestido de aspecto sacerdotal (Lc. 1.23; Hb. 8.6, 9.21) e que credita ao ministério dos crentes uns aos outros, o status de serviço de sacerdotes diante de Deus (II Co. 9.12; Fp. 2.30).
Ø O ministério é aquele talento especial que recebemos de Deus para usarmos no crescimento do reino e para a glória do Senhor.
Vários são eles, e estão citados em:
Romanos 12.5-8
“assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.
Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar , use-o na proporção da sua fé.
Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.”
I Coríntios 12.1-11
“(Os Dons Espirituais) Irmãos, quanto aos dons espirituais , não quero que vocês sejam ignorantes.
Vocês sabem que, quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos.
"Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo."
Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.
Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.
A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.
"Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento;"
"a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito;"
"a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas."
Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer.
Efésios 4.11
“ E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,”
4. ADORAÇÃO (v. 46)
Ø Existem 5 verbos utilizados na Escritura do Novo Testamento para se referir à adoração, e tanto pode ser adoração ao Senhor quanto a falsos deuses. Esses termos significam basicamente “fazer reverência a” (proskunew, Gr. Pros – para, kuneo – beijar; Mt 18.26; 20.20; Ap 4.10); “venerar” (sebomai, Gr.sebomai; Mt 15.9; At. 16.14; 19.27); “honrar religiosamente” (sebazomai, Gr. Sebazomai; Rm. 1.25); “prestar culto religioso” (latreuw, Gr. Latreuo; At. 7.42; Fp. 3.3; Hb. 10.2) e “agir piamente para com” (eusebew, Gr. Eusebeo; At. 17.23).
Ø O culto alegre, singelo e sincero é o que agrada a Deus.
A adoração deve ocupar um lugar especial na nossa vida, e ela não está limitada somente ao louvor, mas a um reconhecimento direto a Deus, da sua natureza, atributos, caminhos e reivindicações, quer pela saída do coração em louvores e ações de graças, quer por ações feitas em tal reconhecimento.
Jesus lhe disse: “Retire-se, Satanás! Pois está escrito: 'Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto.”
Mateus 4.10
"Proclamem a grandeza do SENHOR comigo; juntos exaltemos o seu nome."
Salmo 34.3
5. Evangelismo (v. 47)
Ø A expressão “evangelismo” é derivada da palavra evangelho, que tem sua origem na língua grega (euanggelion, euangelion) e significa “boas novas”, “boas notícias”. Portanto, evangelismo é o sistema, ou meio utilizado para levar as boas notícias do reino de Deus e da salvação por meio de Jesus, a serem recebidas pela fé, com base em sua morte expiatória, sepultamento, ressurreição e ascensão (At 15.7; 20.24; I Pe 4.7).
Ø a igreja foi constituída para crescer, “dar filhos”ao Senhor, levar o conhecimento do nome de Jesus a todos os recantos da Terra.
Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara.
"Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram."
Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra.
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" Mateus 28.16-20
Fomos chamados para pregar o evangelho, e podemos fazer coro com Paulo se estivermos em falha com Deus: “Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho!” ( I Coríntios 9.6)
6. CONCLUSÃO:
Ø Embora estes pilares tenham sido citados em ordem crescente, nenhum deles é mais importante que o outro, todos têm sua função específica e a ausência de qualquer um deles na igreja denotará uma falha no bom andamento do trabalho para o reino e para o Senhor.
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