PALAVRAS DE VIDA:

"Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros!." 1 Pedro 4:10

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Porque usamos a NVI, mesmo com tantas críticas?


Assim que foi lançada, em 2000, a NVI sofreu dezenas de ataques por parte dos evangélicos brasileiros, que alegavam que ela era "fraudulenta" e possuía erros gritantes. Mas estranhamente, tais críticas surgiam muito rápidamente após o seu lançamento. Pensamos que os adoradores da João Almeida foram com tanta sede ao pote que após a sua leitura (duvidamos que tenham lido direito), já foram criando teorias mirabolantes para desacreditar a NVI. Pensamos também que tais críticas sejam pura balela da Sociedade Bíblica do Brasil, detentora dos direitos da JFDA, justamente por medo de perder mercado, o que já vem acontecendo em uma escala grande.
Porém os defensores da João Almeida, que atacam frenéticamente a NVI, na sua quase que totalidade, não conhecem a história desta bíblia (JFDA), a qual, traduzida por um único homem, feita às escondidas e baseando-se em textos considerados como fraudulentos. Fora que é uma bíblia que não passou por nenhuma mudança devido as novas descobertas arqueológicas, normas linguíticas e uma variedade de outros ítens. As poucas atualizações ocorreram na versão de 1994, porém ela continuou com a mesma base, a JFDA do século XVII.
O fato da NVI buscar uma linguagem mais "moderna", não tira seus créditos e, em relação às suas diferenças junto a JFDA, não fazem a mínima diferença na doutrina cristã. Em nenhum momento a NVI tira a autoridade de outras versões e manuscritos, pelo contrário, ela apenas utiliza da melhor forma o português brasileiro para traduzir os manuscritos diretamente dos originais grego, aramaico e hebraico. Diferente da JFDA, que, na sua tradução, utilizou-se, além de textos fraudulentos, de manuscritos em línguas européias, como a espanhola e italiana, com um arcaísmo exagerado.
Outro problema é que os adoradores da João Almeida não gostam da NVI justamente ao tipo de liguagem usada nela. A NVI eliminou o arcaísmo que a JFDA tem, facilitando a leitura e entendimento das Escrituras. Esse "remelexo" dos evangélicos nos lembra muito o "remelexo" dos católicos quando John Wicliff traduziu a bíblia para o Inglês, lá pelo século XIII (primeira bíblia da idade média em outra lingua além do Latin). Ou seja, os evangélicos conservadores não querem que o arcaísmo seja substituído, como se ele fosse a verdadeira língua das Escrituras, igualmente à ICAR quando Wicliff traduziu para o Inglês.
Cabe lembrar que praticamente todas as versões lançadas sofreram represálias como as que a NVI sofreu. A própria João Ferreira de Almeida, de 1995, foi uma delas, a qual sabemos que deu mais polêmica do que a própria NVI. Isso aconteceu com várias versões. King James, Westcott/Hort, Bíblia da Linguagem de Hoje, entre outras.

Como resposta, a SBB - Sociedade Blíblica do Brasil, lançou uma nova versão na BLH - Bíblia da Linguagem de Hoje, entitulada NTLH - Nova Tradução da Linguagem de Hoje, no mesmo ano de lançamento da NVI.

Fonte: http://www.dc.golgota.org/nvi/nvi.html 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mantendo as lâmpadas acesas.

Texto: Mateus 6.19-24

Título: Mantendo as lâmpadas acesas.

Introdução:
Você conhece alguma pessoa que você considera feliz reclamando da vida ou falando mal do seu trabalho, da sua igreja, vizinhança ou família?
As formas como nos referimos às pessoas, instituições e coisas que nos cercam estão diretamente ligados à forma como olhamos para elas e isso influencia nosso comportamento e emoções.
Pessoas felizes têm olhos bons para as pessoas, coisas e circunstâncias. Pessoas infelizes têm olhos maus para as pessoas, coisas e circunstâncias.
Nesta mensagem vamos constatar essa realidade a partir do ensino de nosso Senhor e Salvador, Jesus, em determinado ponto do seu sermão da montanha.

Elucidação textual:
Neste pequeno texto Jesus está explicando aos seus discípulos o sentido do verdadeiro cristianismo, entre algumas críticas dirigidas aos fariseus e doutores da Lei.

No texto de Mateus Jesus está aconselhando os seus discípulos a não buscarem riquezas terrenas como meta de vida, pois aquilo que se constitui nossa meta (tesouro) é o que guiará o nosso coração. Logo após Sua explicação sobre a forma como se deve olhar para a vida, o Senhor adverte-nos contra a ansiedade doentia pelo amanhã.

Já no texto de Lucas (11.29-12.3) o discurso do Senhor aparece em meio a uma critica aos judeus que queriam ver milagres como sinal da presença de Deus e o Senhor afirma que Ele mesmo é o sinal de Deus para a nossa geração. Portanto, o foco não deveria estar nos milagres de Jesus, mas no próprio Jesus. Em seguida o Senhor repreende os fariseus e doutores da Lei por sua observância rigorosa de costumes religiosos e o desprezo dos princípios eternos de Deus (juízo e amor).
A partir daí o Senhor ensina sobre a perspectiva correta que os seus discípulos devemos possuir, e o estudo de certas palavras deste texto podem nos ajudar em muito. Vejamos.

Bom, do grego Haplous (singular, simples, sadio, perfeito). Luz, do grego Phos (brilhar ou tornar manifesto).- aplicado também no sentido do verdadeiro conhecimento de Deus e das coisas espirituais, a piedade cristã (Mt 4.16; Jo 3.19; 8.12; At. 26.18,23; Rm 13.12). Consequentemente, os fieis são chamados filhos da luz. Trevas, do grego skotos (escuridão, obscuridade - tanto espiritual quanto física).

E com base nessa advertência do Senhor que vamos meditar na sua palavra hoje. Que o Senhor nos abençoe.

Verdade teológica: O foco de nossa visão da vida define se o que há em nós é luz ou trevas.

Sentença interrogativa: Como saber o que significa ter os olhos bons ou olhos ruins?

Sentença de transição: A partir do ensino de Jesus neste texto podemos definir olhos bons ou ruins com base naquilo que determina o alvo de nossos esforços, o objeto de nossa devoção e os reflexos emocionais de nosso ser.

I - Somos definidos por Jesus como tendo olhos bons ou maus pelo alvo dos nossos esforços (vv. 19-21)
1)    Olhos maus (doentes) se esforçam pelas coisas desse mundo (v.19).
a)    Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu. Apocalipse 3:17
b)    A igreja de Laodiceia tributava a si o mérito de ter obtido riquezas por seus esforços e confiava nessas riquezas e não no Senhor Jesus, por isso recebeu essa palavra de repreensão e alerta para corrigir sua postura diante de tal situação antes que viesse o juízo.
2)    Olhos bons (sadios) se esforçam pelas coisas do céu (v.20).
a)    Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.  Colossenses 3:1-2
3)    Olhos bons ou maus sempre terão sua atenção voltada para aquilo que mais valorizam (seu tesouro-v.21).

II - Somos definidos por Jesus como tendo olhos bons ou maus pelo objeto de nossa devoção (v.24)
1)    Olhos doentes não conseguem focar sua visão em um único alvo - O Senhor não está falando aqui para ímpios, mas para discípulos que estavam com o coração dividido entre Jesus e os benefícios desta terra. Por isso Ele alerta sobre a impossibilidade de servir a dois senhores.
2)    Olhos bons entendem que não há nada de errado em se obter riquezas de forma legitima, o erro está em colocar o nosso coração nestas riquezas, títulos, fama, reconhecimento ou qualquer outra coisa desta vida.
a)    Quem confia em suas riquezas certamente cairá, mas os justos florescerão como a folhagem verdejante. Provérbios  11.28
3)    Aquele que nos domina e obtém a maior parte de nosso tempo e dinheiro é o nosso Deus.
a)    "o homem é escravo daquilo que o domina". 2 Pedro 2:19c

III - Somos definidos por Jesus como tendo olhos bons ou maus pelos reflexos emocionais do nosso ser (vv.25-34).
1)    Olhos doentes são dominados pela ansiedade - Senhor Jesus nos exorta a não nos deixarmos dominar pela ansiedade, pois ela configura falta de fé própria dos pagãos (vv.25-32).
2)    Olhos bons se empenham em promover o Reino de Deus e a sua justiça, poistêm certeza de que Ele suprirá as nossas necessidades (vv.33,34).
a)    Buscar o Reino e a sua justiça significa buscar a salvação mediante a justificação em Jesus - tanto em seu aspecto passado, quanto presente e futuro. Isto quer dizer, como explica muito bem o pastor John Stott, que fomos salvos uma vez por todas quando cremos no sacrifício de Jesus na Cruz (Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Lugar Santíssimo de uma vez por todas, e obteve eterna redenção. -Hebreus 9:12). Estamos sendo salvos na medida em que desenvolvemos o caráter de Cristo em nós (pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas. - 1Pedro 1:9) e seremos salvos no grande dia, quando o Senhor vier nos buscar e formos transformados para sempre em um corpo incorruptível (Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! - Romanos 5:10).
b)    Viver ansiosamente acerca do futuro significa que não estamos dispostos a confiar no Senhor para guiar a nossa vida. Isso é pecado de incredulidade e é extremamente difícil para a natureza humana. Somente mediante uma vida de comunhão com o Eterno conseguiremos viver nesse nível de espiritualidade.
3)    Nós estamos olhando confiantemente para Jesus ou apavoradamente para os nossos problemas?

Conclusão:
Como temos olhado para a vida e as circunstancias que nos cercam? Se procuramos problemas na Igreja, no trabalho, nas amizades ou qualquer outra coisa, certamente encontraremos. Mas se procurarmos a benção de Deus nessas coisas também encontraremos. Tudo depende da forma como olhamos...
Como você tem olhado para a vida?
Sonde o seu coração, responda para si e para o Senhor com sinceridade em como anda o seu olhar e tome uma atitude diante das suas constatações.

Deus te abençoe.

domingo, 10 de novembro de 2013

A igreja que agrada a Deus é aquela também, que dá sinal de maturidade com relação aos seus líderes.

Texto: Hebreus 13: 7,17    

7 - Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.         
17 - Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.     

1) Introdução: O capítulo 13 da epístola aos Hebreus se divide nas seguintes partes: 
1.a. Os deveres sociais – dos versículos 1 ao 6.           
1.b. Os deveres espirituais – dos versículos 7 ao 17  
1.c. Recomendação pessoal ou recomendação quanto ao autor da epístola – dos versículos 18 ao 24.            

Gostaria de expor o primeiro e o último versículo dos deveres espirituais, que aparentemente tem o mesmo sentido.      

Primeiro, gostaria de pontuar duas posições quanto ás igrejas:     
a) Existem igrejas que são igrejas, que de fato as são, que tem seus ajuntamentos como igreja e não agradam a Deus. Ora se temos igrejas que não agradam, por certo temos igrejas que o agradam. Basta olhar para igreja de Coríntios. Paulo começa sua 1ª epístola a esta igreja reconhecendo que aquela igreja era igreja de Deus, que eram santificados por Cristo Jesus, chamados para serem santos como todos os que em todo lugar invocam o nome do nosso Senhor Jesus Cristo, mas uma evidência que o próprio texto bíblico deixa explicito é que no que tangiam as reuniões por exemplo da ceia do Senhor, Paulo não os louvavam, porque não se ajuntavam para melhor se não para pior - 1 Coríntios 11:17-19 Pois é necessário que haja divergências (NVI), ((heresias (Almeida Corrigida), facções (JFA)) entre vocês, para que sejam conhecidos quais entre vocês são aprovados).      

b) Do mesmo modo que há líderes desonestos, que não pregam o evangelho, que cultuam a si mesmo e levam o povo a cultuá-los, também há os que verdadeiramente cultuam a Deus e pregam a palavra da verdade.         

A maturidade do cristão e da igreja está diretamente ligada ao reconhecimento e obediência às ordenanças de Deus. “Façais no Senhor, pelo Senhor”. Por isso este destaque.         
Quero falar nesta noite, sobre liderança cristã. Deus quem estabeleceu líderes na igreja, desde à organização de Israel, quando Deus estabelece Moisés como líder da nação, no levantamento e nomeação de homens de cada tribo para ajuda-lo nas questões do povo, hierarquicamente organizado, e no decorrer de toda história de Israel.            
Na igreja primitiva não foi diferente:        

a) Matias é levantado apóstolo no lugar de Judas – Atos 1: 12-26;  
b) Pedro é o primeiro líder da igreja;        
c) Foram instituídos diáconos na igreja – Atos 6: 1-7 
d) Na igreja são levantados presbíteros  
e) Paulo consagra Timóteo e dá ordens a ele que levante presbíteros pelas cidades em suas igrejas. 
f) Paulo mesmo faz uma reunião com todos os líderes de Éfeso quando se despede deles, quanto sua ida para Jerusalém.             

A questão da liderança da igreja está ligada a organização, a representação, orientação e governo. 
A economia de Deus funciona assim. Esta relação não tem nada haver com privilégios, mas tem com reconhecimento, não com hierarquia, mas com funcionalidade, não com destaque, mas sim com serviço            . 
A igreja é quem é responsável pela manutenção deste ministério, pois o ministério é da igreja, mas a vocação é do líder.   
A igreja deve facilitar o trabalho do líder cooperando com ele para que isso seja de proveito a todos. 
A igreja local é uma comunidade onde todos ganham ou todos perdem. É corporativa no sentido da mutualidade, da comunhão e da relação.        
O líder, especificamente o pastor, é quem conduz o rebanho pela mão de Deus, por isso é necessário que o rebanho, seja facilmente conduzido quando orientados pela Palavra de Deus.

2) Exposição do Texto         

2.1 - Hebreus 13: 7 - Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.        

"Obedecer" constantemente tendendo à palavra pregada por eles, e obedecendo a ele, por recebê-lo com fé e amor, como parece agradável para as Escrituras, para um comportamento contrário é pernicioso para as almas, e muito se ressentia por Deus, e por estar presente, e juntando-se com eles nas ordenanças de Cristo, administrado por eles, e por sobre as suas advertências e conselhos:      
A questão principal deste versículo esta em obedecer a palavra de Deus que este pastor prega. A obediência está na palavra.        
Nós devemos sustentar os líderes com oração e observância à Palavra que eles pregam. 
Quando o versículo termina dizendo que devemos considerar o fim da sua vida e para imitarmos a fé que tiveram, ela está dizendo para imitarmos o modo como eles se apoiavam na Palavra e criam nela.             
Sabemos disso quando o pastor prega a verdade, e a verdade muitas vezes não é para que nós gostemos, pois ela não amacia a carne, antes confronta, exorta e consola.          
Precisamos pedir ao Senhor que conduza a vida dos pastores e líderes pelos seguintes motivos: 

2.1.1 - O verdadeiro pastor da Igreja prega a Cristo e desta maneira leva aos homens a Cristo; não chama a atenção sobre si mesmo, e sim sobre a pessoa de Jesus Cristo. Leslie Weatherhead narra-nos a história de um menino da escola pública que decidiu entrar no ministério. Foi-lhe perguntado quando tinha assumido essa decisão. Respondeu que por ouvir um sermão na capital da escola. Interrogaram-lhe pelo nome do pregador, mas repôs que não o lembrava; a única coisa que sabia era que esse pregador lhe tinha mostrado a 
Jesus. O dever do verdadeiro pregador é desaparecer para que Cristo apareça diante dos homens. 

2.1.2 - O verdadeiro pastor da Igreja vive em fé e por isso leva os homens a Cristo. O santo foi definido como "o homem em quem Cristo vive de novo". O dever do verdadeiro pregador não é tanto falar com os homens sobre Cristo como mostrar a Cristo em sua própria vida, obra e ser. Os homens não aceitam tanto o que o homem diz quanto o que é. Sua vida não é uma argumentação verbal, mas sim uma demonstração vivente.      

2.1.3 - O verdadeiro pastor morre se for necessário, permanecendo fiel. Mostra aos homens como viver e no final como morrer. Demonstra uma lealdade que não tem limites. Jesus tendo amado aos seus os amou até o fim. O verdadeiro condutor tendo amado a Jesus o amava até o fim. Sua lealdade jamais detém-se a metade de caminho. 

2.1.4 - Por isso o verdadeiro condutor deixa dois patrimônios aos que o seguem: Aquilo que prega e naquilo que crê. Se houver alguma coisa mais importante que qualquer outra é que a Igreja e o mundo necessitam sempre de uma condução desta classe. Está na natureza das coisas que todos os condutores terrestres surjam e passem; têm seu tempo e guiam a sua geração, logo se retiram da cena; têm sua parte no drama da vida e logo desce o pano de fundo. Pelo contrário, Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Sua preeminência é permanente; sua liderança é eterna. E nisto reside o segredo da liderança terrena. O verdadeiro condutor é aquele que é ele próprio conduzido por Jesus Cristo.             
A maior alegria do condutor de uma comunidade cristã é ver que aqueles aos quais conduz estão firmados no caminho cristão. Como escrevia João: “Não tenho maior alegria do que esta a de ouvir que meus filhos andam na verdade.” (3 João 4).      

2.2 - Hebreus 13: 17 - Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo;. 
Este texto a primeira vista, dá autoridade ao pastor, mas quero trabalhar o sentido original do texto: 

2.2.1 – O sentido original de obedecer é: “permitam-se ser persuadidos ou convencidos”, ou seja, “Estejam abertos para a persuasão de seus líderes”.   
A igreja de Cristo é um reino, e ele é o Rei nele; pastores de igrejas são governadores subordinados; que presidem bem, quando não exclui de forma arbitrária, de acordo com suas próprias vontades, mas de acordo com as leis de Cristo. Ora se pregam o que vem de Cristo, resistir o que pregam é resistir à própria palavra de Cristo, senão o próprio Cristo. 

2.2.2 – O sentido original de submisso é sujeitar-se: a ideia não é “entregar-se”, mas “estar disposto a ceder”.            

2.2.3 - pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.           
A autoridade do líder nesta perspectiva, não é vista como sendo um direito de controle, mas como o direito de influenciar as escolhas dos irmãos e das irmãs, sobre quem o líder mantem vigilância. 

2.2.4 – “porque isto não aproveita a vós outros” – Se o trabalho do líder não for facilitado por toda a congregação, cedendo a influencia e deixando se influenciar, sabendo que o que lhe é pregado vem do próprio Deus, a congregação se torna imatura e todo o trabalho de todos não traz nenhum resultado que glorifica a Deus.           

3) Aplicação            

3.1. Não é o mundo quem dita o conceito de liderança que temos na igreja, é a Palavra de Deus; 

3.2. A credibilidade de um líder não pode ser afetada pelos testemunhos que um mau líder dá, antes a congregação deve defender a reputação do seu pastor;      

3.3. Liderança na igreja de Cristo, aquela de fato agrada a Deus, não é levantada pelo bel prazer do povo e nem para que o pastor aparece, antes é levantada para que Cristo seja glorificado e nome de Deus exaltado.       

4) Conclusão          

O sucesso de uma igreja está em ter a perfeita conexão entre pastores e ovelhas. 
A igreja que agrada a Deus tem pastores que pregam a palavra com fidelidade única e exclusivamente a ela. Não há negociação, não há dois caminhos: Cristo só exaltado quando as Escrituras são expostas com fidelidade. Não com intenção de agradar a homens, a exaltar pessoas. 
Cristo se manifesta hoje no meu da igreja, principalmente por meio da palavra revelada e pregada ao povo.   
Portanto, estejam convencidos pelo Espírito Santo, que ser obediente, sujeitos a palavra de Deus, permitindo serem persuadidos pela palavra da verdade é um dos sinais de uma igreja que agrada a Cristo, que carrega o seu nome.   
A tarefa principal de um pastor é pregar, ou seja, alimentar o rebanho pela pregação diligente da palavra – Pensamento Puritano “Eles sustentam que a posição e a autoridade suprema do pastor é pregar o evangelho solene e publicamente à congregação, interpretando a Palavra escrita de Deus, aplicando-a pela exortação e pela repreensão a eles. Eles sustentam que este foi o maior trabalho que Cristo e seus apóstolos fizeram” William Bradshaw – Sobre a pregação puritana. 
Que o Senhor nos ajude pelo seu Espírito, a compreender o mistério da obediência, e que por ela, Cristo seja exaltado e Deus glorificado por meio da sua igreja a qual, Ele mesmo se entregou por ela, para que ela fosse sem mácula e sem ruga, onde a terra pudesse ver a expressão do seu Reino. 
Que Deus nos abençoe!

Mensagem pregada pelo pastor Claudio H. Duarte em 03 de novembro de 2013 na Igreja Congregacional do Conforto.