Motivações erradas movem muitas pessoas que encontro por aí. Em nossas igrejas, muitos jovens desastrosamente ainda veem o dinheiro como principal motivação para a escolha de uma carreira. Ser rico não é e nunca será “a coisa mais importante do mundo”. Eis o conselho do Sábio:
“Não gaste suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu” (Pv 23.4,5).
Correr atrás de dinheiro é uma corrida sem chegada. Já reparou como nunca estamos satisfeitos com o que temos? Queremos sempre mais. Nenhum problema, dependendo do que estamos querendo. Passar a vida investindo tempo e inteligência para ganhar dinheiro, por exemplo, poderá trazer riqueza, mas certamente também trará uma sensação ruim de insatisfação, de ainda não estar bom, de ainda não ser o suficiente.
Quando a idade avança, as pessoas começam a se perguntar: “Valeu a pena?”, “ A que preço eu consegui tudo que tenho hoje?”, “De que me adiantou tanto dinheiro?”. Lembre-se de que profissão é algo a ser exercido todos os dias. Já pensou em como seria acordar sem vontade de ir ao trabalho e arrastar-se durante todo o mês pensando somente no salário?
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração” (Mt 6.19-21).
Muitas vezes, desejamos o carro novo, as roupas mais caras ou o celular mais moderno. Não há nada de errado em desfrutar de muitas dessas coisas, desde que elas não sejam o centro de nossa vida. A vida é muito valiosa para estar fundamentada em valores tão passageiros. Busque os valores eternos, aqueles que não se desfazem com o tempo. Concentre-se em sua essência: no ser, e não no ter.
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Jeverton “Magrão” Ledo é missionário, autor de “Minha Escolha Profissional — o que Deus tem a ver com isso?” (Editora Vida).
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