Todos
estavam cientes da humilhação pela qual seus pais e avós passaram quando o
poderoso Nabucodonozor, rei da Babilônia, cercou Jerusalém, derrubou os seus
muros, incendiou o templo, o palácio real, todas as casas e todos os edifícios
e levou para o exílio na Babilônia quase toda a população, deixando na cidade
apenas os mais pobres do país. Eles sabiam que a fome fora tanta que bebês e
crianças desmaiavam nas esquinas de todas as ruas (Lm 2.19) e que, “com as
próprias mãos, mulheres bondosas cozinhavam seus próprios filhos, que se
tornavam sua comida” (Lm 4.10). Porém, agora, seus olhos deixam de fixar a
amargura de ontem para fixar aquilo que podia dar-lhes esperança (Lm 3.21).
O
que gerou neles sólida esperança foram as ternas palavras de Deus contidas no
livro de Jeremias. O Senhor promete aos retornados da Babilônia tudo aquilo de
que eles mais precisavam: amor, perdão, libertação, cura, pastoreio,
reconstrução, renovação da aliança, do ânimo e da alegria. Mais de 40 mil
homens e 8 mil servos e servas (Ed 2.64; Ne 7.66) deixaram a Babilônia e foram
para Israel. Entre eles havia cantores e cantoras. Com eles foram as harpas e
as liras que estavam penduradas nos galhos dos salgueiros às margens dos rios
da Babilônia (Sl 137.2, NBV).
Entre
as comoventes promessas de restauração feitas pelo misericordioso Deus,
destacam-se estas (todas estão no livro de Jeremias):
Povo de
Israel, eu sempre os amei e continuo a mostrar que meu amor por vocês é eterno
(31.3).
O meu
coração se comove, e eu certamente terei misericórdia de vocês (31.20).
Eu
perdoarei os seus pecados e nunca me lembrarei das suas maldades (31.34).
Eu
trarei os descendentes de Jacó de volta e terei misericórdia de cada família.
Jerusalém será construída de novo, e no palácio morará gente outra vez (30.18).
Eu lhes
darei saúde novamente e curarei as suas feridas (30.17).
Eu
animarei os cansados e darei comida a todos os que estão fracos de fome
(31.25).
Eu
mudarei o seu choro em alegria e a sua tristeza em prazer (31.13).
Quando
eu os trouxer, eles virão chorando e orando. Eu os levarei à beira das águas
correntes, por uma estrada plana onde não tropeçarão (31.9).
Eu
construirei de novo a nação. Mais uma vez vocês pegarão os seus tamborins e
dançarão de alegria (31.4).
Quando
esse tempo chegar, eu farei com o povo de Israel esta aliança: Eu porei a minha
lei na mente deles e no coração deles a escreverei (31.33).
A
restauração de Israel é um forte lenitivo para a nação, a igreja e a família
que precisam de uma igual experiência.
Extraído de:
www.ultimato.com.br – Edição: 337
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