Recentemente,
ao fazer minha leitura devocional, me deparei com o texto de Mateus 12.46-50, o
qual me deixou pensativa. As palavras de Jesus “quem é a minha mãe, e quem são
meus irmãos?” sempre me soaram fortes; afinal, a família e, principalmente, o
papel da mãe são muito importantes na cultura latino-americana.
Como entender a relação de Jesus com sua mãe neste texto e em João 2.4, no qual ele lhe diz: “Que temos nós em comum, mulher?”.
Ao lermos outros textos que falam sobre o relacionamento familiar de Jesus, percebemos um equilíbrio entre a submissão do filho aos pais e o desenvolvimento da identidade dele.
Já na adolescência de Jesus (Lc 2.41-52) verificamos este processo: após ficar em Jerusalém sem que os pais o soubessem, Jesus tem a liberdade de dar explicações. Seus pais o ouvem e, mesmo sem entender, respeitam suas colocações. Depois Jesus volta com eles para casa e lhes é submisso. Nós também temos que ter esta prática em nossa vida familiar: os filhos precisam fazer exercícios de independência, mas também saber respeitar e ser submissos. Os textos de João e Mateus, no entanto, nos contam de um Jesus adulto, que tem um ministério a cumprir.
Alguns pais permanecem demasiadamente ligados aos filhos adultos e esperam que eles continuem submissos, mesmo quando já são casados ou têm vida própria e independência financeira. Cria-se um relacionamento misturado e dependente, prejudicial ao processo de amadurecimento familiar. Pais acreditam que é necessário continuar vivendo de forma que os filhos lhes prestem contas de todos os aspectos de sua vida.
Jesus não agiu desta forma. Ele sabia qual era o seu ministério e, apesar de usar palavras duras para com a sua mãe, em vez de ficar ofendida, ela ordena que os empregados façam tudo o que ele mandar (Jo 2.5).
Nós pais temos muito a aprender com essa atitude de Maria -- observar como se processa a vida de nossos filhos; apoiá-los, sem achar que por termos mais experiência sempre sabemos o que é melhor para eles; aceitar que nem sempre poderemos fazer parte da vida deles, pois precisam de independência para cumprir os próprios mandatos.
É importante que os filhos desenvolvam suas habilidades pessoais, mesmo que estas não sigam os costumes familiares. Jesus era filho de um carpinteiro e, na cultura da época, o comum seria que ele seguisse a profissão do pai. Na minha prática terapêutica, vejo algumas famílias tão fusionadas que não existe espaço para que os jovens adultos busquem sua identidade profissional. Jesus teve esta liberdade de escolha e a família soube respeitar seu ministério.
Mesmo quando Jesus usou palavras duras para afirmar sua identidade adulta, ele não faltou com respeito e cuidado com os pais. Na hora do seu maior sofrimento, na cruz, ele não se esqueceu da mãe, então desamparada, mas voltou-se para ela e lhe apresentou um “novo filho”, que iria cuidar de suas necessidades. Jesus sabia manter o equilíbrio entre autonomia, pertencimento e cuidado.
Nos textos de Atos, lemos que Maria estava integrada no meio dos seguidores de Jesus. Ela certamente foi uma mulher sábia, que soube dar o espaço necessário ao desenvolvimento do filho. Não ficou magoada nas vezes em que ele não aceitou falar com ela e, por sua atitude, confirmou o ministério de Jesus.
Sejamos também pais sábios, que dão espaço aos filhos para que eles possam se desenvolver como adultos autônomos, respeitando-os como indivíduos responsáveis, mesmo quando não os entendemos.
Como entender a relação de Jesus com sua mãe neste texto e em João 2.4, no qual ele lhe diz: “Que temos nós em comum, mulher?”.
Ao lermos outros textos que falam sobre o relacionamento familiar de Jesus, percebemos um equilíbrio entre a submissão do filho aos pais e o desenvolvimento da identidade dele.
Já na adolescência de Jesus (Lc 2.41-52) verificamos este processo: após ficar em Jerusalém sem que os pais o soubessem, Jesus tem a liberdade de dar explicações. Seus pais o ouvem e, mesmo sem entender, respeitam suas colocações. Depois Jesus volta com eles para casa e lhes é submisso. Nós também temos que ter esta prática em nossa vida familiar: os filhos precisam fazer exercícios de independência, mas também saber respeitar e ser submissos. Os textos de João e Mateus, no entanto, nos contam de um Jesus adulto, que tem um ministério a cumprir.
Alguns pais permanecem demasiadamente ligados aos filhos adultos e esperam que eles continuem submissos, mesmo quando já são casados ou têm vida própria e independência financeira. Cria-se um relacionamento misturado e dependente, prejudicial ao processo de amadurecimento familiar. Pais acreditam que é necessário continuar vivendo de forma que os filhos lhes prestem contas de todos os aspectos de sua vida.
Jesus não agiu desta forma. Ele sabia qual era o seu ministério e, apesar de usar palavras duras para com a sua mãe, em vez de ficar ofendida, ela ordena que os empregados façam tudo o que ele mandar (Jo 2.5).
Nós pais temos muito a aprender com essa atitude de Maria -- observar como se processa a vida de nossos filhos; apoiá-los, sem achar que por termos mais experiência sempre sabemos o que é melhor para eles; aceitar que nem sempre poderemos fazer parte da vida deles, pois precisam de independência para cumprir os próprios mandatos.
É importante que os filhos desenvolvam suas habilidades pessoais, mesmo que estas não sigam os costumes familiares. Jesus era filho de um carpinteiro e, na cultura da época, o comum seria que ele seguisse a profissão do pai. Na minha prática terapêutica, vejo algumas famílias tão fusionadas que não existe espaço para que os jovens adultos busquem sua identidade profissional. Jesus teve esta liberdade de escolha e a família soube respeitar seu ministério.
Mesmo quando Jesus usou palavras duras para afirmar sua identidade adulta, ele não faltou com respeito e cuidado com os pais. Na hora do seu maior sofrimento, na cruz, ele não se esqueceu da mãe, então desamparada, mas voltou-se para ela e lhe apresentou um “novo filho”, que iria cuidar de suas necessidades. Jesus sabia manter o equilíbrio entre autonomia, pertencimento e cuidado.
Nos textos de Atos, lemos que Maria estava integrada no meio dos seguidores de Jesus. Ela certamente foi uma mulher sábia, que soube dar o espaço necessário ao desenvolvimento do filho. Não ficou magoada nas vezes em que ele não aceitou falar com ela e, por sua atitude, confirmou o ministério de Jesus.
Sejamos também pais sábios, que dão espaço aos filhos para que eles possam se desenvolver como adultos autônomos, respeitando-os como indivíduos responsáveis, mesmo quando não os entendemos.
Carlos “Catito” e Dagmar são casados, ambos psicólogos e terapeutas de casais e
de família. São autores de Pais Santos, Filhos nem Tanto.
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