Somos uma Comunidade de Fé que privilegia a comunhão dos santos, o auxílio aos carentes e a pregação do Evangelho pelos mais diversos meios e formas. Queremos ABENÇOAR porque fomos ABENÇOADOS POR CRISTO, e entendemos que DEUS ABENÇOA PESSOAS ATRAVÉS DE PESSOAS.
PALAVRAS DE VIDA:
sábado, 25 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Quem é Jesus para Você?
Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou: — Quem o povo diz que eu sou? Eles responderam: — Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou. — E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? — perguntou Jesus. Pedro respondeu: — O Messias que Deus enviou. Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou: — O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado. Depois disse a todos: — Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído? Pois, se alguém tiver vergonha de mim e do meu ensinamento, então o Filho do Homem também terá vergonha dessa pessoa, quando ele vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos. Eu afirmo a vocês que estão aqui algumas pessoas que não morrerão antes de ver o Reino de Deus.
Lucas 9.18-27
Quem é Jesus para você? Confesso
que nunca gostei das perguntas que terminam em “para você”. Especialmente
quando se trata da Bíblia. Afinal, que importa que significa “para você”? Não é
mais importante que significa ponto final? Ou seja, a pergunta histórica sempre
me parece mais importante que a pergunta existencial. A verdade que existe de
facto é mais importante que a verdade que “existe” na minha cabeça (e talvez em
mais nenhum outro lugar!). Entretanto, na passagem acima, Jesus faz a pergunta
existencial… eventualmente.
Primeiro, ele faz a pergunta
histórica: “Quem o povo diz que sou?” E a resposta vem em termos históricos (e
bem plausíveis dentro daquele contexto): João Batista (o mais notório profeta
da atualidade), Elias (o mais notório profeta da história), ou um dos profetas
antigos que ressuscitou (e não um profeta qualquer!). Ou seja, certamente Jesus
era alguém grande. Foi então que Jesus perguntou aos seus discípulos quem eles
diziam que ele era. Claro que a pergunta histórica era importante. Claro que
importava que ele era, de fato. Mas mais importante ainda era a disposição dos
seus discípulos agir e se comprometer a partir das suas conclusões.
Geralmente os comentaristas
reparam a resposta de Pedro (o Messias que Deus enviou) mas não a resposta do
próprio Jesus (O Filho do Homem que sofrerá muito). Talvez isso seja porque
hoje nós atribuímos ao termo “messias” um gama todo de conotações que em
retrospectiva atribuimos a Jesus: Filho de Deus, divino, próprio Deus, etc. Mas
na época de Jesus, “messias” significava simplesmente “ungido” e muitas pessoas
poderiam ser unigidas: sacerdotes, profetas, etc. Se bem que “o Messias que Deus
enviou” provavelmente se referia àquela pessoa na linhagem de Davi que Deus
enviaria para tirar Israel definitivamente da sua escravidão. Mesmo assim, era
uma referência a um ser humano, diferente do Filho do Homem.
Isto cria certa confusão hoje em
dia porque “Filho de Deus” parece se referir a uma pessoa divina enquanto
“Filho do Homem” parece se referi a uma pessoa humana. Mas no Antigo Testamento
era exatamente o contrário. O “Filho de Deus” se referia ao prometido
descendente (humano) de Davi enquanto “o Filho do Homem” à figura sobrenatural
que acompanhava o Ancião de Dias em Daniel e reinará sobre as nações (Dn
7.13-14). Mais um detalhe: a linguagem sobre o Filho do Homem não cruzava no
Antigo Testamento com a linguagem e as passagens que falavam do messias, do
Filho de Deus ou do Servo Sofredor (Isaías 53). Entretanto, Jesus radicalmente
fez esta associação com o último, o Servo sofredor, ao dizer, “o Filho do Homem
terá de sofrer muito…” E aí a gente percebe a importância da “pergunta
existencial”…
Pois seguir Jesus não é questão
de simplesmente afirmar que ele é quem através de quem Deus cumprirá as suas
promessas. Se bem que isto já é grande afirmação! Mas é mais que isto. É
entender a maneira pelo qual ele “conquistou o mundo”, por meio do sofrimento.
E por derivação, como Jesus próprio avisa, a maneira que os seus seguidores
terão que seguir no mesmo caminho, o caminho de sofrimento. Pois assim os seus
propósitos se completarão na nossa história e no nosso mundo.
E então… quem é Jesus para você?
Escrito por: Timóteo Carriker.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Fazendo o Bem contra as Ondas do Mal.
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Nenhum ato de bondade, mesmo que pequeno, é desperdiçado. |
A maioria de nós não conhece um
tsunami. A ciência explica como um maremoto acontece. Nós, porém, somente
sentimos os efeitos desse modo como a natureza age e reage. Apesar disso, os
seres humanos conseguem superar essas ondas de morte e encontrar caminhos de
sobrevivência, como adaptar-se ao ambiente atingido pela tragédia, reconstruir
com criatividade suas casas ou fortalecer a solidariedade.
Continuo acreditando na compaixão
dos seres humanos. Ainda há muita sensibilidade quando encontramos dor e sofrimento.
Por um lado, fico assustado com algumas ondas que nos afogam: guerras sem fim e
genocídios sem controle. Por outro, fico encantado com a capacidade das pessoas
para encontrar novos caminhos de preservação de toda a criação. Mesmo
limitados, ainda é possível ressuscitarmos pedacinhos da imagem e semelhança de
Deus que há dentro de nós.
Ondas do mal
O tsunami é uma pequena
ilustração do que ocorre diariamente no mundo. Milhares de pessoas morrem por
causa de decisões políticas erradas ou por omissão. Fico decepcionado com
estruturas religiosas que, às vezes, servem de apoio para quem pratica o mal.
Os fenômenos não-racionais da natureza matam menos do que as ações
“inteligentes” dos desumanos.
A fome e a morte de milhões de
crianças vêm do abismo de desigualdades entre ricos e pobres — um tipo de
“tsunami econômico” cruel. Suas águas formam um rio constante de injustiças. A
guru Mata Amritanandamayi doou 23 milhões de dólares para socorrer as vítimas
na Ásia. Se doou tudo isso, então qual o seu patrimônio? O piloto Michael
Schumacher doou 10 milhões. Não estou condenando a aparente atitude generosa
dessas pessoas. Estou apenas ilustrando que diariamente milhares de pessoas
morrem por causa da acumulação e da apropriação injusta dos bens que deveriam ser
usados para o bem comum.
Há ondas em nossas comunidades
que matam tanto quanto o tsunami: a violência familiar, o abandono de crianças
inocentes, o descaso com as escolas e os postos de saúde, a exploração do
trabalhador, entre outras.
A missão de fazer o bem
Temos uma missão: alcançar
pessoas que aceitem os ensinos de Jesus Cristo e, por causa disso, tenham sede
de fazer o bem e lutar contra o mal (Rm 12.9, 17, 21). Nossa tarefa é ajudar a
construir comunidades unidas, justas e comprometidas com o reino de Deus. Onde
devemos fazer missão? Em todo lugar aonde os cidadãos do reino possam chegar.
Onde existir um filho, uma filha de Deus, ali já se firmou um espaço para que o
Senhor seja revelado. Jesus disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a
ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Que
as nossas vidas, palavras, obras e sinais comuniquem a presença de Deus em
comunidade.
Precisamos acender a tocha da
esperança contra toda forma de desespero. Devemos abrir os canais para que a
justiça corra como um rio em nossas comunidades; erguer a bandeira da paz no
meio de tanta violência; viver o amor demonstrado em atos de justiça e
misericórdia em favor das vidas ameaçadas pelas ondas escondidas bem perto de
nós.
Oro por todos os homens e
mulheres que estão engajados na luta contra a morte e o mal que se aproxima, e
que cultivam e praticam o bem. Que Deus nos ajude a desvendar os fenômenos
escondidos no nosso coração e nas estruturas sociais e políticas. E, mais do
que isso, que ele nos dê a capacidade de começar tudo outra vez, apesar da dor
e do sofrimento de nossos irmãos e irmãs, longe ou perto de nós.
Carlos Queiroz, casado, dois filhos, é pastor da Igreja de Cristo e
leciona missiologia no Seminário Teológico de Fortaleza. É autor de Ser É o
Bastante – felicidade à luz do Sermão do Monte (www.ultimato.com.br).
Extraído de: http://www.maosdadas.org – Edição 11
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Nunca Rejeite o Chamado de Deus Para a Sua Vida.

Leia com atenção: pense duas
vezes antes de recusar um convite de Deus. Aliás, nem pense em rejeitar o
chamado que Deus tem para a sua vida.
Enquanto vários irmãos nossos
pagaram preços terríveis, até mesmo com a própria vida, para se adequar à
vontade de Deus reservada para eles, muitos cristãos tem colocado suas opiniões
e convicções na frente da vontade de Deus. Quantos de nós, ao receber algo de
Deus para fazer, olhamos primeiro para, se na nossa corrida vida, temos espaço
na nossa agenda semanal.
Em todo momento, Deus nos mostra
o caminho correto para agradá-lo. Pense você no seu filho. Se você lhe passar
uma tarefa, e ver que ele a cumpre com determinação, de maneira correta, com
capricho, você vai se agradar disso, e até recompensá-lo, dependendo da
situação. E se for o contrário? Se você observar que seu filho faz a tarefa de
qualquer maneira, não respeitando o horário determinado, com desinteresse, com
desleixo? Com certeza você não vai gostar dessa atitude, e vai mandá-lo repetir
a tarefa, explicando a maneira correta de fazer, até que ele faça direito, ou
até que termine a sua paciência, e retire dele aquela atribuição.
Agora, pense comigo: se nós
pensamos assim, imagina o Senhor? Eu até evito de falar assim nesse espaço, mas
tem muitas pessoas nas igrejas que não estão nem aí para a obra de Deus. Não
oram, não participam, ficam satisfeitas em ir ao culto de domingo, e passar a
semana afundado em orações vazias e louvores cantados sem propósito. Aí, olham
frustradas para a vida de outros irmãos que são abençoados, e ficam com inveja
deles, e ainda ficam querendo cobrar de Deus alguma coisa, como se tivesse
direito de fazer isso. Mas esquecem de perguntar para Deus o que esses irmãos
tem feito pelo Reino. Esquecem de observar que esses irmãos estão presentes nos
cultos, possuem uma vida de oração, comparecem às reuniões de intercessão, não
inventam desculpas para fugir das visitas de evangelismo, etc.
Aprenda isso: Deus sempre espera
um resultado de você. Deus não te deu esses talentos para ficarem enterrados no
chão. Você é semelhante a uma árvore, e Deus espera que você dê frutos.
“Eu sou a videira verdadeira, e
meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa
toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela
palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si
mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não
estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em
mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e
ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,
pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai,
que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” João 15.1-8
E quando continuamos a dar de
ombros para isso tudo? Quais são as consequências? Quer mesmo saber?
Já ouviu falar do profeta Jonas?
Deus falou com ele para pregar num lugar, e ele foi para outra direção, em um
navio. Sabe o que aconteceu? Deus se irou, e enviou uma tempestade terrível,
que só foi acalmada quando ele foi lançado ao mar. Ficou no estômago de um
peixe até compreender o que Deus esperava dele.
E Moisés? Deus se revelou para
ele, querendo que ele fosse libertador de Israel da terra do Egito, e cada vez
que Deus lhe falava alguma coisa, ele colocava um impecílio; Deus se irou e,
por pouco, o filho dele não morre (leia Êxodo 4).
Sabe o que eu aprendo? É muito
perigoso mexermos com a paciência de Deus. Eis alguns exemplos: Israel tentou a
Deus várias vezes no deserto, no caminho para a Terra Prometida, Canaã. E por
isso, nenhum dos que o tentaram não conseguiu nem enxergar a terra, morreram
ali mesmo no deserto (Números 14.28-32); Coré e outros foram desafiar a
autoridade que Deus havia dado por Moisés: foram tragados pela terra (leia
Números 16); Ananias e Safira tentaram enganar os apóstolos com ofertas
mentirosas: morreram (Atos 5.1-11).
Tenha noção de uma coisa:
horrenda coisa é cair na mão do Deus vivo (Hebreus 10.31), porque se você cair
nas garras do diabo, Deus vai até lá e te livra do mal, e de Deus, quem pode te
livrar?
Pense nisso. Medite. A paciência
de Deus em relação às suas ações pode estar se esgotando…
Extraído de: http://vozdodeserto.wordpress.com
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Que Vida Boba!
Não se sabe ao certo quem é o
autor do livro de Eclesiastes. Poderia ser Salomão, todavia é mais provável que
seja outro sábio bem posterior, que se valeu de sua história, fama e nome.
Parece que foi o reformador Martinho Lutero o primeiro a negar a autoria de
Salomão. Um dos comentadores de Eclesiastes diz simplesmente que o autor
empregou um artifício literário muito comum e colocou suas palavras na boca de
Salomão. Nesse caso, o livro teria sido escrito no período pós-exílio, entre
400 e 200 antes de Cristo. Mas uma coisa é certa: o autor de Eclesiastes é um
homem muito sábio, vivido, conhecedor da natureza humana, sensível, observador,
inconformado, realista, prático e muito religioso.
O livro discorre sobre a vida
humana “debaixo do sol” (29 citações) ou “debaixo do céu” (3 citações), isto é,
aqui embaixo, na terra, neste mundo. Essa expressão diz respeito à vida no
plano físico e não no plano metafísico, no plano secular e não no plano
religioso, no plano material e não no plano espiritual, no plano da razão e não
no plano da fé, no plano humano e não no plano divino. Não se discute a existência
de Deus — ele não é considerado, exista ou não.
Essa completa e concreta
alienação sobre Deus gera um tédio insuportável, que leva o autor a dizer
repetidas vezes desde o início: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Ec 1.2).
Outras versões preferem termos sinônimos: “Tudo é inútil” (NVI), “Tudo é
ilusão” (NTLH), “Tudo é fugaz” (EP), “Tudo é terrivelmente frustrante” (BH). Na
paráfrase da Bíblia Viva, o autor escreve que a vida é uma “vida boba” (2.23).
A expressão “vaidade de vaidades”, que aparece 37 vezes em apenas doze
capítulos, funciona como um superlativo, a maneira hebraica de reforçar ou
aumentar a intensidade do fato.
Porém, o sábio não se satisfaz e
usa outras expressões para deixar o leitor o mais ressabiado, intrigado,
possível. Numa delas, afirma que a vida é um eterno “correr atrás do vento”
(1.14), “uma caça ao vento” (BP), “uma perseguição ao vento” (TEB) ou
simplesmente um “vento que passa” (EPC). Como o vento é o ar em movimento e,
quando pára, não mais existe, o ser humano, “debaixo do sol”, nunca se realiza,
nunca se acha, nunca pára de correr. Na tradução da CNBB, “correr atrás do
vento” é “aflição de espírito”. Em palavras menos simbólicas, “correr atrás do
vento” nada mais é que esforço inútil, tempo perdido, quimera. A frase aparece
dez vezes em Eclesiastes.
Em outra expressão, o sábio
parece mais melancólico ainda e afirma sem acanhamento algum que a vida “não
faz sentido” (2.19; 4.16; 5.10; 8.10 e 14; 9.9; 11.8). Em outra passagem, ele
diz que é “tudo sem sentido” ou, “nada faz sentido” (12.8). Também diz que a
vida “é um absurdo e uma grande injustiça” (2.21, NVI). A Bíblia do Peregrino,
a Bíblia de Jerusalém e a Edição Pastoral Catequética usam uma expressão muito
mais forte: “[A vida] é uma grande desgraça”!
O livro de Eclesiastes pode
parecer um pavoroso manual de pessimismo. Veja, por exemplo, os seguintes
pronunciamentos: “Quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento” (1.18); “Os
mortos [são] mais felizes do que os vivos, pois estes ainda têm que viver!”
(4.2) e “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa” (7.2).
Mas, na verdade, o propósito do livro é mostrar a causa e a cura para o
pessimismo. Este aparece e cresce quando as pessoas pensam somente em si
mesmas, de forma egoísta e não altruísta. O pessimismo acaba tomando conta das
pessoas que desconsideram Deus e vivem às suas próprias custas e a seu
bel-prazer. O pessimismo torna-se insuportável quando as pessoas se espremem
entre o nascimento e a morte e rejeitam qualquer idéia de vida após a morte.
Para ensinar que a vida é boba, o
Sábio gasta muito tempo contando suas experiências equivocadas que a tornaram
boba. Para ensinar que a vida pode deixar de ser boba, o Sábio aponta o
equívoco-mor: “Separado de Deus, quem pode alegrar-se?” (2.29, RA).
Na verdade, todas as belezas da
vida perdem sua fragrância e significado quando o homem coloca Deus de lado e
não mais cogita sobre ele.
Definitivamente a vida deixa de
ser boba quando é vivida em sua plenitude acima e abaixo do sol, no plano metafísico
e no plano físico, no plano religioso e no plano secular, no plano da fé e no
plano da razão!
Extraído de: Revista Ultimato – Edição 311 – www.ultimato.com.br
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Silêncio de Todos os Tipos.
Há vários tipos de silêncio.
Alguns são tidos como sábios. Outros, como necessários para se alcançar a
maturidade emocional e espiritual. Mas há também silêncios que revelam
dificuldades e bloqueios que podem trazer prejuízo – tanto para quem silencia
como para aqueles que vivem ao redor daquele que não se expressa.
O primeiro desses silêncios, e no
caso um silêncio prejudicial, é aquele de quem silencia por medo, embora
precise falar e tenha o que dizer. Medo de errar, de ofender, de não ser
aceito, de sofrer punição. Tal dificuldade em romper o silêncio pode ser
conseqüência de várias situações decorrentes da fase de formação do indivíduo.
Muitos filhos são proibidos de falar pelos pais. Não podem expressar suas
opiniões e idéias; são obrigados a obedecer sem nenhuma explicação e não têm
permissão para questionar. Se insistem, são punidos. E ainda há aqueles que são
criticados pela forma, pelo tom de voz, pelo ritmo ou pelo jeito com que falam,
sendo até ridicularizados por meio de zombarias. Pessoas assim precisam se
conscientizar de que cresceram, tornaram-se adultos e podem agora expressar
seus pensamentos e desejos.
O segundo tem a ver com a
avaliação que cada pessoa faz de si. Muitos se abstêm de falar porque têm
vergonha das suas ideias, do que pensam; acreditam que o que têm a dizer não tem
valor. Gente assim vive num tipo de esconderijo, ainda que no meio de um
ajuntamento. Por causa da autoavaliação distorcida que fazem a respeito de si
mesmas, se omitem, não participam e não revelam o potencial e o valor que
possuem. Agindo assim, não se mostram, e em muitas situações a habilidade que
possuem não é vista. Deixam, portanto, de cooperar para possíveis
transformações no ambiente em que vivem.
Um outro tipo de silêncio é
aquele que surge quando o assunto a ser abordado é tão dolorido e difícil de
ser expressado que a pessoa não consegue falar. A dor emocional é tão grande
que só lhe resta silenciar, sufocada. Tal sofrimento é o resultado de alguma
mágoa, ofensa, experiência ou uma situação não resolvida da sua história. A
melhor forma de vencer este bloqueio é lidar, em primeiro lugar, com as
memórias doloridas de que se tem lembrança. Ou seja, é necessário, antes de
tudo, expressar toda a fala referente àquele assunto para tornar possível um
esvaziamento da dor acumulada. Nesse processo, o indivíduo terá a oportunidade
de fortalecer seus recursos internos e expressar o que tem em mente, sem se
deixar engolir pela mudez emocional.
O quarto tipo de silêncio é
aquele que surge como retaliação ao interlocutor. Trata-se de situação comum
entre cônjuges ou membros de uma mesma família ou grupo de pessoas próximas. A
pessoa sabe que devia falar, mas silencia como punição ao outro. O uso da
vingança pelo silêncio impede que a comunicação se estabeleça na solução de
diferenças, conflitos e ofensas entre as pessoas que convivem entre si. E a
consequência é óbvia – os problemas que prejudicam o relacionamento não são
resolvidos.
Mas há também o silêncio, que
chamo de sábio, que surge por simples escolha. Muitas pessoas sabem o que
falar, acreditam em si mesmas e não têm medo do interlocutor, mas ainda assim
escolhem silenciar – ou porque julgam que o momento não é adequado para se
expressar, ou porque temem que o que for falado será usado como arma contra
elas mesmas. Isso, sem falar naquelas situações em que o falante percebe que
seus ouvintes não estão interessados no que ele tem, pode e sabe falar. Quantos
de nós já não passaram pela situação incômoda de perceber que ninguém à nossa
volta dá a mínima atenção ao que dizemos e que o melhor seria nem ter começado
o assunto?
O último tipo de silêncio é
aquele de quem não se preocupa se tem ou não o que falar; apenas silencia para
escutar o outro, ao mesmo tempo em que escuta também a si mesmo. Rubem Alves,
em seu livro O amor que acende a lua, escreve exatamente sobre isso. Diz o
escritor que há muitos cursos sobre oratória, mas nenhum de nós se preocupa em
aprender a arte de escutar. O apóstolo Tiago já nos alertava, em sua epístola,
para sermos “prontos para ouvir e tardios para falar”. E os escritores do Antigo
Testamento, em várias ocasiões, usam o termo hebraico shemah em relação ao
convite que Deus faz ao povo de Israel para escutá-lo. Ora, não se pode escutar
nada de não houver silêncio.
Que possamos nos expressar livre
e corajosamente quando se fizer necessário em toda e qualquer situação. Mas que
possamos, também, escolher o silêncio para ouvir da melhor maneira possível –
e, principalmente, que saibamos silenciar quando falar não for conveniente.
Escrito por: Esther Carrenho.
Extraído de: www.cristianismohoje.com.br
domingo, 19 de agosto de 2012
"Mais Perto Quero Estar" - HC 187
HISTÓRIA
André Valadão
Durante muitos anos, somente os
homens escreviam hinos, mas, pouco a pouco, as mulheres também começaram a usar
o seu talento poético e, hoje, temos muitos hinos escritos por mulheres
consagradas a Deus e ao Seu trabalho. Mas, um dos mais conhecidos em todo o
mundo foi o hino escrito por Sarah Flower Adams (1805-1848). Trata-se do hino
"Mais Perto Quero Estar, Meu Deus de Ti". Preferido pela Rainha
Vitória, por Theodore Roosevelt, pelo Rei Edward VII e muitos outros.
Foi no ano de 1841 que esta senhora,
que estudava muito a Bíblia, ficou tão impressionada com a história relatada no
livro de Gênesis (capítulo 28:11 e 12) sobre a visão de Jacó, em Betel, e a
escada que alcançava o céu, e os anjos que subiam e desciam por ela, que,
inspirada naquela passagem bíblica, resolveu escrever este hino que mais tarde
se tornou universalmente conhecido.
.A música deste hino foi feita
pelo conhecido compositor sacro Lowell Mason, autor de inúmeras outras músicas
e que se tornou famoso pelos seus excelentes trabalhos. Certa noite, em 1856,
depois de ficar um certo tempo deitado num quarto escuro, olhos bem abertos, em
pleno silêncio, recebeu a inspiração da música deste hino e logo na manhã
seguinte resolveu escrever as notas desta melodia que recebeu o nome de "Bethany".
Apareceu, pela primeira vez, em "Sabbath Hymns and Tune Book" (Livro
de Cânticos e Hinos para o Dia do Senhor), em 1859.
Dizem que, quando os turistas
cristãos visitam a Palestina, em chegando a este lugar, Betel (hoje Bira, um
território da Jordânia), param e cantam este hino, evocando os acontecimentos
impressionantes experimentados por Jacó.
.As palavras deste hino tem sido
um grande auxílio e um grande conforto para muitos crentes em tempos de
dificuldades. É impossível esquecermos o terrível desastre com o grande
transatlântico "TITANIC" nos primeiros anos deste século. Era a sua
viagem inaugural; grandes personagens viajavam nele; viajava, também, um grupo
de peregrinos, crentes da Europa com destino à nova terra (EUA). Mais de mil
vidas se perderam naquela ocasião. E contam que, quando o grande navio estava
soçobrando, tinha-se a impressão de que ia haver um pânico geral; porém, a
orquestra de bordo começou a tocar o hino "Mais Perto Quero Estar, Meu
Deus de Ti" e, imediatamente, foi presenciado um espetáculo comovedor: os
crentes e outros tripulantes, dando as mãos uns aos outros, começaram a cantar
também o hino à medida que o navio ia afundando!
Dentre as muitas estórias que
contam a respeito deste hino, uma outra estória refere-se ao presidente
americano William McKinley, assassinado em 1901. O médico que o atendeu no seu
leito de morte relata que, dentre as suas últimas palavras pronunciadas,
destaca-se: "Mais perto, meu Deus, de Ti. ´Inda que seja a cruz. Tem sido
minha constante oração". Na tarde de 13 de Setembro de 1901, depois de
cinco minutos de silêncio por todo o país, a banda tocou esta melodia no
Madison Square Garden na cidade de Nova Iorque, em memória do presidente
falecido.
Este hino também foi tocado no
cemitério de Lakeview em Cleveland estado de Ohio, no enterro de outro
presidente americano assassinado, James Garfield.
LETRA
MAIS PERTO QUERO ESTAR
Letra: Sarah Flower
Adams, 1841
Música: Lowell Mason,
1856 - Bethany (Mason)
Tradução: João Gomes da Rocha
1
Mais perto quero estar
Meu Deus, de Ti!
Inda que seja a dor
Que me una a Ti,
Sempre hei de suplicar
Mais perto quero estar
Mais perto quero estar
Meu Deus, de Ti!
2
Andando triste, aqui
Na solidão,
Paz e descanso a mim
Teus braços dão;
Nas trevas vou sonhar,
Maia perto quero estar,
Mais perto quero estar,
Meu Deus, de Ti!
3
Minh'alma cantará
A Ti, Senhor!
E em Betel alçará
Padrão de amor,
Eu sempre hei de rogar
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar,
Meu Deus, de Ti!
4
E, quando Cristo, enfim,
Me vier chamar,
Nos céus com serafins,
Irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei.
Perto de TI, meu Rei,
Meus Deus, de Ti!
NEARER, MY GOD, TO
THEE
1.
Nearer, my God, to
Thee, nearer to Thee!
E’en though it be a
cross that raiseth me,
Still all my song
shall be, nearer, my God, to Thee.
Refrain
Nearer, my God, to
Thee,
Nearer to Thee!
2.
There let the way
appear, steps unto Heav’n;
All that Thou sendest
me, in mercy given;
Angels to beckon me
nearer, my God, to Thee.
3.
Then, with my waking
thoughts bright with Thy praise,
Out of my stony
griefs Bethel I’ll raise;
So by my woes to be
nearer, my God, to Thee.
4.
Or, if on joyful wing
cleaving the sky,
Sun, moon, and stars
forgot, upward I’ll fly,
Still all my song
shall be, nearer, my God, to Thee.
5.
There in my Father’s
home, safe and at rest,
There in my Savior’s
love, perfectly blest;
Age after age to be,
nearer my God to Thee.
Extraído de: http://harpacrista-fragmentos.blogspot.com.br
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