Salmos 141.3
Conta-se que certa vez um mercador grego, rico, ofereceu um banquete
com comidas especiais.
Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a
melhor. O escravo retornou com belo prato.
O mercador removeu o pano e assustado disse: - Língua ?!! Este é o
prato mais delicioso?
O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu:
- A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É Com a língua que
pedimos água... Iguaria... dizemos mamãe, fazemos amigos, perdoamos. Com a
língua reunimos pessoas, dizemos meu Deus, oramos, cantamos, dizemos eu te
amo...
O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria de seu
escravo, e o mandou de volta ao mercado, desta vez para trazer o pior alimento.
O escravo voltou com um lindo prato, coberto por fino tecido. O
mercador, ansioso, retirou o pano para conhecer o pior alimento.
-Língua, outra vez? Disse, espantado. -Sim, língua, respondeu o
escravo. É Com a língua que condenamos, separamos, provocamos intrigas e
ciúmes, blasfemamos. É Com ela que expulsamos, isolamos, enganamos nosso irmão,
xingamos pai e mãe...
Não há nada pior que a língua; não há nada melhor que a língua.
Depende do modo que a usamos. Muitos males têm sido causados por uma só palavra
ou frase proferida. Diz um ditado que falar é prata, calar é ouro.
Se não fosse algo importante, a Palavra de Deus não enfatizaria tanto
o cuidado com o uso da língua. É como montar guarda para evitar a fuga dos
criminosos ou proteger-se contra os dentes das feras.
É geralmente nas horas difíceis
que o verdadeiro eu mostra o rosto: quando pisam no nosso calo, quando somos
injustiçados, nos engarrafamentos do trânsito, quando os filhos fazem pirraça e
estamos cansados. É aí que a cancela se abre, dando passagem a impropérios e
verberações descontroladas. E depois de tudo isso sentimo-nos abatidos e
tristes, com a sensação de ter desmanchado com os pés o que vínhamos
construindo com as mãos.
Ao levar a sério a santidade
requerida por Deus e antevendo o peso do desconforto de pronunciar tais
desabafos, Davi orou: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus
lábios” (Sl 141.3). Ele também fez o propósito de não pecar com a língua:
“Porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio” (Sl
39.1).
O pecado da língua é marca do
homem em queda. Lamentavelmente os filhos de Deus não escapam dessa condição.
Uma vantagem, porém, eles levam: é que o Espírito de Deus habita neles (Rm
8.9), e se tal homem deixar que o Espírito o domine virá fatalmente como resultado
o domínio próprio, que lhe permitirá a superação, entre muitos outros, do mui
sério pecado da língua (Gl 6.16-26).
Fonte: Devocionais Para Todas as Estações (Editora Ultimato, 2009)
http://pt.shvoong.com/law-and-politics/1783130-poder-da-l%C3%ADngua/#ixzz24rcpditi
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